Three Cute Cherries

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Carrefour é condenado a pagar R$ 6.000 para estudante que encontrou larvas vivas em cereal


O Carrefour deve pagar R$ 6.220 por danos morais a uma estudante que encontrou larvas vivas em uma caixa de cereais. A decisão, de desembargadores da 14ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, mantém a condenação dada em primeira instância.

Em agosto de 2007, a estudante comprou um pacote do cereal Musli, da marca Carrefour, e chegou a consumir parte do alimento. Ao perceber larvas se mexendo no leite, verificou que na embalagem havia mais larvas vivas.

A estudante entrou com a ação pedindo R$ 17 mil em danos morais pelo nojo que a situação provocou.

O Carrefour alegou que não havia cupom fiscal comprovando a compra e que "larvas também são ingeridas por diversos povos, servindo inclusive como alimento em treinamentos militares".

A justificativa não foi aceita. A empresa recorreu e obteve nova derrota. Segundo a desembargadora, que manteve o pagamento de R$ 6.220, a situação provocou repugnância e quebrou a confiança que deve haver na relação com o consumidor.
Posicionamento da empresa
Em nota, o Carrefour afirmou que não comentaria o assunto, que já é tratado na esfera judicial. A empresa afirma que "reafirma seu compromisso com a qualidade e segurança alimentar dos produtos marca própria, mantendo rígido controle e auditorias dos processos de produção de seus fornecedores".
Fonte: R7

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Comidas fake: alimentos que não são o que parecem

Chocolate que não é chocolate

 As leis brasileiras são claras em relação ao que é um chocolate: para ser classificado como tal, um produto precisa ter pelo menos 25% de cacau. Acontece que, um em cada três chocolates no Brasil não concentra essa quantidade de cacau e, portanto, não pode ser considerado chocolate. Na reportagem, Lessa estima que praticamente 35% dos chocolates comuns nas prateleiras, produzidos pelas grandes empresas alimentícias, são doces tipo chocolate. Segundo com ele, muitos afirmam ter alta porcentagem de cacau, mas estariam enganando o consumidor, já que não haveria fiscalização que comprovasse esse tipo de informação do rótulo - e informar esse número, aliás, nem é obrigatório por lei. Em vez de cacau, esses doces contém altas quantidades de açúcar e gordura.

Pão e biscoito integral que não são, digamos, integralmente integrais
Alimentos integrais são grãos que não passam por um processo de refinamento. Com as fibras preservadas, eles ajudam a limpar o organismo: mantém os níveis de colesterol baixos e controlam os picos de insulina no sangue, aumentando a saciedade e facilitando o emagrecimento. Só que comprar pães e biscoitos integrais não é tão fácil quanto parece. É que a Anvisa não estabelece nenhuma regra para a fabricação desses produtos, como por exemplo uma porcentagem mínima de farinha integral na composição para que ela possa ser chamado assim. Comece a ler as embalagens com bastante atenção e você vai reparar que a maioria desses alimentos nas prateleiras também inclui farinha refinada na composição. Ou seja: na maioria das vezes, pão integral não é 100% integral. E em alguns casos, a porcentagem de farinha integral pode chegar a apenas 30%. Para ter certeza que não está levando gato por lebre, lembre-se dessa dica: o pão realmente integral tem de 3 a 5 gramas de fibras a cada 50 gramas de pão. Fique de olho na tabela nutricional.
Cereja que é feita de chuchu
O chuchu é o vegetal mais sem personalidade que existe. E a cereja é cara no mundo tropical. Por isso, confeiteiros e culinaristas muitas vezes recorrem a um truque culinário que transforma o chuchu em cerejas em calda. Elas são usadas em bolos e tortas, e você provavelmente já comeu muito chuchu por cereja nessa vida. Claro que cerejas frescas, daquelas que a gente só come no Natal (e que são importadas) não fazem parte da farsa alimentícia. Mas aquela cerejinha que enfeita a fatia de bolo da padaria da esquina por cima do marshmallow provavelmente é uma farsante.
Carne de siri que é feita de todo o resto que há no mar, menos siri
Ele é a estrela do restaurante japonês: o kani é o coringa dos sushis mais sem-graça da bandeja. É usado também em saladas orientais e até como snack. O kani, como se sabe, é feito de carne de siri processada. Só que não. Carne de siri de verdade é cara - e o kani que conhecemos certamente não seria tão abundante assim se esse não fosse o caso. A principal matéria prima do kani é o surimi, uma massa feita de carnes de diferentes tipos de pescados e misturada com coisas como amido de trigo, clara de ovo, açúcar, extrato de algas, extratos aromatizantes de caranguejo e lagostas, sal, vinho de arroz e até glutamato monossódico, uma substância difícil de ser metabolizada pelo corpo e que pode até causar câncer. O pigmento rosa? É Colchonilla, um corante alimentício avermelhado que é obtido esmagando-se um inseto vermelho de mesmo nome.
Manteiga na pipoca do cinema que é, na verdade, óleo de soja e aromatizante artificial
Não tem nada mais aconchegante do que o cheirinho de pipoca amanteigada ao entrar no hall do cinema. Aquele cheiro antecipa todo o lazer e conforto o que você espera das duas horas que vai passar aninhado naquela poltrona. Pena que esse aroma tão emblemático é uma farsa. Para você ter uma ideia, em 2011, redes de cinema norte-americanas se recusaram a informar exatamente o que eles colocam em suas pipocas. Manteiga é cara e existem alternativas mais baratas e que não deixam a pipoca tão murcha: as pipocas de cinema costumam ser banhadas com óleo de soja com sabor artificial de manteiga, além de um pouco de beta caroteno pra ajudar na cor.

Dicas para usar a água oxigenada

A água oxigenada é conhecida como um remédio que é utilizado em feridas e machucados. Basta despejar o líquido em um algodão e passar na área machucada. Mas a boa notícia é que a água oxigenada também pode ser usada em alguns rituais de limpeza, substituindo produtos nocivos ao meio ambiente.
Limpeza da escova de dente – Você sabia que a escova de dente é um dos objetos da sua casa que mais acumula sujeira? Como a escova fica no banheiro, muitas vezes perto do vaso sanitário, ela pode ser infectada pela bactéria E. Coli. Para desintoxicá-la, mergulhe-a em um copo com a mesma quantidade de água oxigenada e de água para matar todas as bactérias.
Retire manchas de vinho – Eliminar uma mancha de vinho de um tecido não é uma tarefa fácil. Mas a água oxigenada pode te ajudar nessa missão. Misture a água oxigenada com detergente líquido. Depois, despeje a mistura sobre a mancha e em seguida seque a área com uma toalha. Para finalizar, lave a peça com água morna e deixe secar normalmente.
Elimine manchas de sangue – Assim como o vinho, o sangue também é complicado de ser removido dos tecidos. A água oxigenada a 10% é a mais recomendada nesse caso. Despeje o líquido sobre a mancha e deixe agir durante 10 minutos. Em seguida, esfregue a peça a mão ou com a ajuda de uma escovinha macia. Depois, enxágue com água fria. Se a mancha não sair completamente, repita o procedimento.
Remova manchas de suor – Para eliminar aquelas terríveis manchas de suor que se formam nas roupas, misture uma parte de detergente ou sabão líquido com duas partes de água oxigenada. Espalhe a mistura sobre a área manchada e deixe ali por uma hora. Depois, é só lavar a peça com água fria.
Limpe o vaso sanitário – No banheiro o vaso sanitário é aquele que mais acumula bactérias. Por ter uma ação anti-bacteriana, a água oxigenada pode ser uma aliada na limpeza do seu banheiro. Despeje meia xícara de água oxigenada dentro do vaso sanitário e deixe a substância agir durante 30 minutos. Depois, dê a descarga normalmente.
Higienização da tábua de corte – A tábua de madeira usada para cortar carnes, vegetais e legumes deve ser bem lavada sempre que for utilizada. Para desinfetar essa tábua, basta lavá-la com água quente e esfregue água oxigenada diluída em um pouco de vinagre.
Limpeza da geladeira – Para deixar a sua geladeira bem limpinha, esfregue toda a superfície interna com água oxigenada. Em seguida, limpe com um pano seco.
Desinfete a esponja de lavar louça – A esponja é outro utensílio doméstico que costuma acumular germes e bactérias. Uma boa dica para higienizar a esponja, é lavá-la com água oxigenada. É só misturar uma parte de água morna com uma parte de água oxigenada em uma vasilha. Em seguida, mergulhe a esponja no local e deixe de molho por 15 minutos.
Clareie unhas amareladas – O uso constante de esmaltes pode deixar as unhas com aspecto amarelado. Para resolver o problema, coloque um pouco de água oxigenada em um pedaço de algodão e esfregue sobre as unhas manchadas. Repita o procedimento algumas vezes e logo você vai perceber que o amarelado irá desaparecer.
Fonte: Universo Jatobá

terça-feira, 29 de outubro de 2013

ATENÇÃO OS GARRAFÕES DE ÁGUA TAMBÉM TEM PRAZO DE VALIDADE

Muita gente não sabe, mas as embalagens dos garrafões de 20 litros de água mineral têm prazo de validade. Elas são confeccionadas com substâncias químicas com função de aditivos e de pigmentos. Como são retornáveis, estão sujeitas ao solcalorchuva pancadas, o que causa desgaste. Até mesmo a lavagem interna dos garrafões na indústria os desgasta. Assim, essas substâncias podem passar para a água e contaminá-la. Por isso, o Departamento Nacional de Produção Mineral estabeleceu um prazo de validade máximo de 3 anos para os garrafões. As datas de fabricação validade são impressas na própria embalagem.


Relatório da Anvisa indica resíduo de agrotóxico acima do permitido

PROGRAMA DE ANÁLISE DE  RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS EM  ALIMENTOS (PARA)

RELATÓRIO DE ATIVIDADES (no link para download) e os dados referentes aos anos de  2011 e 2012.

http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/8ccc850041a2b6169b659fde61db78cc/Relat%C3%B3rio+PARA+2011-12+-+22_10_13+-+Sem+controle+de+altera%C3%A7%C3%B5es.pdf?MOD=AJPERES



Alimentos têm resíduo de agrotóxico acima do permitido no País, diz Anvisa

Relatório da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aponta que boa parte de frutas, legumes e verduras consumidos pelos brasileiros apresenta altas taxas de resíduos de agrotóxico. O Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para),  mostra que 36% das amostras analisadas em 2011 e 29% das amostras de 2012 apresentaram irregularidades.
A pesquisa estabelece dois tipos de irregularidades, uma quando a amostra contém agrotóxico acima do Limite Máximo de Resíduo (LMR) permitido e outra quando a amostra apresenta resíduos de agrotóxicos não autorizados para o alimento pesquisado. Das amostras insatisfatórias, cerca de 30% se referem a agrotóxicos que estão sendo reavaliados pela Anvisa.
A Anvisa analisou 3.293 amostras de 13 alimentos monitorados: abacaxi, alface, arroz, cenoura, feijão, laranja, maçã, mamão, morango, pepino, pimentão, tomate e uva. A escolha dos alimentos baseou-se nos dados de consumo obtidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na disponibilidade destes alimentos nos supermercados no Distrito Federal e nos Estados e no perfil de uso de agrotóxicos nestes alimentos.
De acordo com a Anvisa, pelo menos dois agrotóxicos que nunca foram registrados no Brasil foram detectados nas amostras: o azaconazol e o tebufempirade. "Isto sugere que os produtos podem ter entrado no Brasil por contrabando", diz a agência.
Pimentão lidera ranking de irregularidades
O alimento campeão de irregularidades é o pimentão. Das 213 amostras analisadas em 2011, 89% apresentaram violações - a grande maioria por uso de agrotóxicos não autorizados. Em 2012, o produto não foi analisado.

Depois do pimentão, aparecem a cenoura, com irregularidades em 67% das amostras analisadas em 2011 e 33% em 2012; o morango (59% em 2012, ficando de fora da análise de 2011); o pepino (44% em 2011 e 42% em 2012); o alface (43% em 2011); e o abacaxi (41% em 2012).
Fonte:Terra


segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Manipulação de alimentos são fundamentais para controlar a contaminação, evitando a formação de bactérias e problemas de intoxicação e doenças relacionadas ao consumo dos alimentos. São geralmente causas de contaminação dos alimentos a falta de asseio (cuidados com a higiene), a exposição ao ar livre de alimentos preparados para servir e por fim instalações deficientes e mal cuidadas. A contaminação de alimentos e produtos alimentícios ocorre por diversos fatores, tais como:

- Microorganismos;

- Agentes químicos;

- Metais pesados;

- Infestação parasitária;

- Pesticidas.


Os principais veículos de contaminação são constituídos pelo homem, animais caseiros, insetos, pássaros, ratos, pescados, água contaminada, utensílios e matérias primas. O homem pode representar um importante veículo de contaminação se não tomar os cuidados necessários. O nariz, a garganta e as mãos são focos predominantes e potenciais de contaminação. No momento em que se espirra ou tosse, por exemplo, os microorganismos presentes no corpo humano se espalham e podem contaminar os alimentos. As mãos são um dos principais focos de contaminação quando pouco higienizadas, por este motivo devemos sempre lavar muito bem as mãos antes de mexer com qualquer tipo de alimento, além de manter unhas bem cortadas e limpas. 
A higiene pessoal também é essencial quando se lida com os alimentos. Nunca se deve esquecer de:

- Tomar banho diariamente;

- Lavar diariamente os cabelos e não esquecer de prendê-los e colocar touca durante o trabalho;

- Higienizar bem o rosto com água corrente e sabão;

- Não esquecer de fazer a barba diariamente;

- Evitar o uso de maquiagem;

- Manter as unhas bem cortadas e limpas;

- Não utilizar brincos, pulseiras, anéis ou relógios durante a manipulação dos alimentos, pois, estes utensílio são importante fonte de contaminação; Um simples descuido em relação à higiene alimentar pode fazer alguém adoecer ou até mesmo ser fatal.




Fonte: ROCHA Marcelo do Carmo, Orientações sobre segurança e higiene alimentar. Sebrae, Sindotel

Exemplos de deterioração microbiana de alimentos

Alguns alimentos apresentam propriedades intrínsecas que os tornam especialmente suscetíveis ao crescimento de microrganismos. É o caso do leite, das carnes e de pescados, que têm alta Aa, pH próximo ao neutro e alta concentração de nutrientes. Por sua vez, outros alimentos, mesmo que menos suscetíveis a deterioração rápida, estão sujeitos a alterações específicas que caracterizam a deterioração.
Geralmente, as manifestações sensoriais da deterioração de alimentos estão associadas à formação de limo e ao desenvolvimento de sabores e de odores estranhos. No entanto, existem alterações típicas de cada alimento, algumas das quais são descritas a seguir:

Deterioração de leite e derivados
O leite tem alta Aa, pH próximo ao neutro e alta concentração de nutrientes, sendo um excelente meio de cultura para microrganismos. O prolongamento da vida de prateleira, de horas para meses, tem sido um dos principais e constantes desafios da indústria de laticínios, para atender às demandas associadas a grandes distâncias e longo tempo de distribuição (Goff ; Griffiths , 2006).
Em grande parte, a qualidade do produto final depende das condições microbiológicas da matéria-prima, que pode ser afetada por contaminações durante a ordenha ou por equipamentos usados no transporte e durante o processamento. Se o tratamento térmico (pasteurização ou esterilização, a depender do caso) for inadequado, os microrganismos sobreviventes podem se multiplicar e desenvolver um processo de deterioração. Além disso, é importante destacar que o tratamento térmico não reverte alterações químicas e sensoriais já ocorridas.
A deterioração do leite relaciona-se, principalmente, ao crescimento de bactérias psicrotróficas. A maior parte desses microrganismos é destruída durante a pasteurização, mas algumas espécies podem sobreviver e crescer sob temperaturas de refrigeração.

Deterioração de carnes e derivados
As carnes constituem excelente meio para crescimento bacteriano, graças à sua baixa acidez (pH entre 5,5 e 5,9) e à sua composição, formada por 75% de água e muitos compostos nitrogenados como aminoácidos, peptídeos, nucleotídeos, além de glicose e outros carboidratos simples (Ellis ; Goodacre , 2001; Labadie , 1999).
A qualidade microbiológica de uma carne depende do estado fisiológico do animal no momento do abate, do grau de contaminação durante o processamento, e das condições (especialmente temperatura) de estocagem e distribuição (Nychas et al., 2008). O tecido muscular é isento de microrganismos imediatamente após o abate, sendo posteriormente contaminado. Após o rigor mortis, o tecido constitui um meio altamente favorável ao crescimento de bactérias.

Deterioração de pescados
Após o abate, os pescados apresentam alto pH (geralmente acima de 6,0), propriedade que, aliada à presença de altos teores de aminoácidos livres, torna-os altamente suscetíveis a deterioração (Gram ; Huss , 1996). A fração de N (nitrogênio) não proteico dos pescados compreende compostos nitrogenados hidrossolúveis de baixo peso molecular, como aminoácidos e nucleotídeos. A deterioração de pescados decorre, principalmente, da utilização microbiana desses compostos (Gram ; Huss , 1996). Em pescados, as primeiras alterações post-mortem são relacionadas a processos químicos e enzimáticos (autolíticos). A autólise resulta em várias alterações nos tecidos, incluindo rigor mortis e desintegração da estrutura muscular. A autólise de carboidratos, de nucleotídeos e de lipídios reduz a intensidade dos odores e dos sabores desejáveis, associados a pescados frescos.

Fonte: Adaptado de "Fundamentos da Estabilidade de Alimentos" (EMBRAPA/2012)

CURIOSIDADE...

Você sabe como é feita a gelatina???


A gelatina é feita de uma proteína animal chamada colágeno que é retirada do couro do boi. Para sua preparação são obtidas raspas das peles de bois que passarão por processos químicos para extração do colágeno. Posteriormente o colágeno é filtrado para eliminar restos de fibras e gorduras e por fim é seco e moído originando um pó incolor. Para produzir a gelatina utilizada como sobremesa o pó é acrescido de aromatizantes, corantes, açúcar ou adoçante. Para sua preparação devemos dissolvê-la em água quente, que irá hidratar as cadeias das moléculas do colágeno. Com o resfriamento, o líquido se solidifica tornando a gelatina. 

domingo, 27 de outubro de 2013

Alterações microbiológicas em alimentos durante a estocagem

A principal causa de deterioração química de alimentos decorre do crescimento microbiano, com consequente formação de metabólitos que lhes conferem sabores desagradáveis como sulfetos, álcoois, aldeídos, cetonas e ácidos orgânicos, fazendo com que o produto seja rejeitado. No entanto, o conceito de inaceitável é específico para cada alimento. Por exemplo, odores de amônia fazem parte de um perfil de aromas de alguns produtos fermentados de peixes, mas são totalmente inaceitáveis na maioria dos pescados frescos. Franco e Landgraf (1996) descrevem as alterações químicas dos principais componentes dos alimentos, promovidas por microrganismos:

Carboidratos – São aproveitados pelos microrganismos como fonte de energia para seu desenvolvimento. O metabolismo desses nutrientes pode ocorrer segundo dois mecanismos básicos:
• Na presença de oxigênio, pelo aproveitamento de carboidratos
por microrganismos aeróbios.
• Na ausência de oxigênio, pela utilização dos compostos por microrganismos
anaeróbios estritos ou facultativos, acumulando produtos que afetam sensorialmente o alimento.
Os açúcares mais simples são mais facilmente consumidos pelos microrganismos, poucas sendo as espécies capazes de hidrolisar polissacarídeos. O metabolismo de monossacarídeos em anaerobiose gera, como produto intermediário, o ácido pirúvico, que, dependendo das condições nutricionais do meio, é convertido em diferentes compostos, como ácido lático, etanol e ácido acético.

Proteínas – Antes de serem usadas, são hidrolisadas por enzimas produzidas pelos microrganismos a peptídeos e aminoácidos, já que as proteínas não atravessam a membrana celular. A descarboxilação de aminoácidos por microrganismos resulta na formação de compostos de odor desagradável, como as aminas biogênicas, caracterizando a chamada putrefação. Além das alterações sensoriais, as aminas biogênicas – especialmente a histamina e a tiramina – são tóxicas, quando ingeridas (Özogul et al., 2008). As aminas biogênicas ocorrem em vários tipos de produtos como pescados, carnes, leite e derivados, cerveja, uva e vinho.

Lipídios – Os triglicerídeos são hidrolisados por ação de lipases bacterianas, produzindo ácidos graxos livres, muitos dos quais – especialmente os de baixo peso molecular – conferem odor desagradável ao produto, caracterizando a rancidez hidrolítica.

Fatores que afetam a velocidade das alterações microbiológicas
Vários fatores afetam a capacidade de sobrevivência ou o crescimento de microrganismos presentes num alimento. Entre esses fatores, existem os que se relacionam com as características do próprio alimento (fatores intrínsecos) e os associados ao ambiente (fatores
extrínsecos).

Continua...

Fonte: Adaptado de "Fundamentos da Estabilidade de Alimentos" (EMBRAPA/2012)

Alimentos industrializados X Saúde do consumidor

Dita invariavelmente por pais e até reforçada por meios de comunicação não especializados como um alerta sobre os riscos à saúde que alimentos coloridos e com outros aditivos podem provocar, a advertência da frase que abre este artigo é desprovida de fundamento. Por falta de conhecimento, muitas pessoas atribuem uma conotação pejorativa à Química, induzindo que alimentos industrializados são os que têm “química” e, consequentemente, farão mal a quem os consumir. Muitas vezes as pessoas não se dão conta de que a Química está presente em absolutamente tudo em nossas vidas: no vestuário, no transporte, nas habitações, no ar que respiramos, nos líquidos que bebemos e no alimento que nos nutre e sustenta. Ela aparece até mesmo nos chamados alimentos naturais (“in natura”) e na nova geração de alimentos orgânicos, que nada mais são do que misturas sinérgicas de substâncias químicas como proteínas, gorduras, carboidratos, fi bras, vitaminas, sais minerais e vários microingredientes funcionais.
De acordo com a Portaria Nº 540 - SVS/MS, de 27 de outubro de 1997, aditivo alimentar é qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos alimentos, sem propósito de nutrir , com o objetivo de modi car as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, durante a fabricação, processamento, preparação, tratamento, embalagem, acondicionamento, armazenagem, transporte ou manipulação de um alimento. Ao agregar-se, poderá resultar em que o próprio aditivo ou seus derivados se convertam em um componente de tal alimento.
A identificação dos aditivos na rotulagem é feita através do nome do aditivo por extenso ou como alternativa
pelo INS (International Numbering System). O Sistema Internacional de Numeração de aditivos alimentares foi elaborado pelo Comitê do Codex Alimentarius (um programa das divisões de saúde, agricultura e alimentação da Organização das Nações Unidas), sobre aditivos e contaminantes, para estabelecer um sistema numérico internacional de identificação dos aditivos em alimentos e bebidas industrializados.
O uso de aditivos em alimentos é proibido quando houver evidências ou suspeita de que o mesmo não é seguro para consumo humano; interferir sensível e desfavoravelmente no valor nutritivo do alimento; servir para encobrir falhas no processamento e/ou nas técnicas de manipulação; encobrir alteração ou adulteração da matéria-prima ou do produto já elaborado ou induzir o consumidor a erro.
A Portaria n° 540, da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, classifica os aditivos nas seguintes funções: Agente de Massa; Antiespumante; Antiumectante; Antioxidante; Corante; Conservador; Edulcorante; Espessantes; Geleificante; Estabilizante; Aromatizante; Umectante; Regulador de Acidez; Acidulante; Emulsionante/Emulsificante; Melhorador de Farinha; Realçador de Sabor; Fermento Químico; Glaceante; Agente de Firmeza; Sequestrante; Estabilizante de Cor; e Espumante.

SEGURANÇA DOS ADITIVOS

O uso de aditivos alimentares justifica-se por razões tecnológicas, sanitárias, nutricionais ou sensoriais desde
que sejam utilizados aditivos autorizados em concentrações tais que sua ingestão diária não supere os valores da IDA (Ingestão Diária Aceitável) recomendados e atenda às exigências de pureza estabelecidas pelo FCC (Food Chemical Codex) ou pela FAO-OMS (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação - Organização Mundial da Saúde) através do JECFA (Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives), que é o comitê científico internacional de especialistas em aditivos alimentares. Este comitê, que se reúne desde 1956, periodicamente realiza a avaliação do risco associado ao consumo de aditivos alimentares, contaminantes, toxinas de ocorrência natural e resíduos de medicamentos veterinários em alimentos, assessorando o Codex Alimentarius em suas decisões.
Cada país tem autonomia e autoridade para legislar sobre a permissão e proibição de aditivos, determinando a quantidade máxima de uso e em qual produto específico. Sob o ponto de vista tecnológico, vários são os benefícios do uso de aditivos em alimentos, conforme citado no início deste artigo. Em relação à segurança de uso no Brasil, é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária que estabelece quais são os aditivos permitidos para cada categoria de alimentos, visando atingir o efeito tecnológico sem causar risco à saúde humana. Para isso, baseia-se em princípios da análise de risco e em referências internacionais, como o Codex Alimentarius, União Europeia e complementada pelo Food and Drug Administration (FDA), agência que regula o consumo e a produção de alimentos e medicamentos nos Estados Unidos.
Portanto, todo alimento e bebida comercializados no País segue sua legislação correspondente com o uso dos aditivos limitados à quantidade permitida, garantindo deste modo o efeito tecnológico na indústria e principalmente na saúde do consumidor.

Fonte: Artigo - Informativo CRQ-IV Jul/Ag-2013

Irradiação de Alimentos

O Ministério da Agricultura, através da Instrução Normativa nº 9, publicada em fevereiro de 2011, reconheceu o uso da radiação ionizante como tratamento fitossanitário, isto é, na prevenção da  introdução ou disseminação de pragas. Com isso,  o Brasil passa a ter mais chances de expandir as exportações de frutas para os mercados mais exigentes.
A irradiação de alimentos consiste na exposição de alimentos, já embalados ou a granel, a uma quantidade controlada de radiação ionizante, por um tempo determinado e com objetivos bem definidos. A irradiação auxilia no retardamento da deterioração do alimento, uma vez inibe a multiplicação de microrganismos que atuam sobre eles, como bactérias e fungos, alterando sua estrutura molecular. Além disso, contribui para desacelerar a maturação e envelhecimento de algumas frutas e legumes, através da modificação do processo fisiológico dos tecidos da planta, aumentando sua vida útil. Os efeitos causados nos alimentos irão depender do tipo de alimento que recebe o tratamento  e da dose de irradiação que está sendo aplicada. Dentre esses efeitos, podemos citar:
  • Inibição de brotamentos;
  • Retardo na maturação; 
  • Redução da carga microbiana; 
  • Eliminação de micro-organismos patogênicos; 
  • Esterilização;
  • Desinfecção de grãos, cereais, frutas e especiarias.
Outra grande vantagem desta tecnologia é que ela é limpa, isto é, não deixa qualquer tipo de resíduos no alimento. Como as doses médias aplicadas são baixas, não há risco de contaminar o consumidor ou o ambiente. Além disso, as propriedades físicas, químicas, nutritivas e sensoriais do alimento conseguem ser preservadas.
No Estado de São Paulo as empresas EMBRARAD (Empresa  Brasileira de Radiações) e a CBE (Companhia Brasileira de Esterilização) já se especializaram na área de irradiação de alimentos e outros materiais, o que pode beneficiar o produtor e a indústria que não podem ter o próprio irradiador.
FONTE: LIARE –  Laboratório de Irradiação de Alimentos e Radioentomologia -CENA/USP

POR QUE NÃO DEVEMOS COMER OVOS CRUS OU MAL COZIDOS?

A globalização da economia, a mobilização intensa das populações em viagens internacionais e fatores relacionados à própria criação de animais para consumo alimentar, propiciaram a partir dos anos 80, o surgimento e a disseminação em todo mundo de uma nova bactéria, relacionada a ovos e aves, a Salmonella Enteritidis. O surgimento dessa bactéria vem impondo mudanças drásticas nos hábitos alimentares como forma de reduzir o risco de se adquirir a doença sendo necessária a criação de uma nova consciência sobre o “consumo de alimentos sem risco”. 

 Quem é a  Salmonella Enteritidis?
 Salmonella é um grupo bacteriano que pode causar gastrenterites, encontrada, em geral, em alimentos de origem animal, como carnes, aves, ovos, leite e outros. Salmonella Enteritidis é um dos tipos mais comuns no mundo e é transmitido principalmente por ovos consumidos crus ou mal cozidos. O frango e outras aves, se consumidos mal cozidos, mal fritos ou mal assados também podem transmitir a bactéria.

 O que causa a  Salmonella Enteritidis?
 Uma pessoa que se infecta com a bactéria pode apresentar febre, cólicas abdominais e diarréia, de 12 a 72 horas após o consumo do alimento contaminado. A doença dura de 4 a 7 dias, e muitos doentes se recuperam sem a necessidade de tomar antibióticos. Entretanto, quando a diarréia é severa, hospitalização e uso de antibióticos podem ser necessários, além de hidratação venosa e outros cuidados. Crianças, gestantes, idosos e imunocomprometidos podem apresentar formas graves da doença, com infecção que pode passar do intestino para a corrente sanguínea ou para outros órgãos do corpo, podendo causar óbito se não tratada prontamente com antibióticos adequados. 

Fonte:DIVISÃO DE DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA E ALIMENTAR/CVE/SES-SP 

Tábua de corte, escolha bem seu modelo e o higienize sempre!

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu estabelecimentos comerciais de utilizarem equipamentos de madeira (tábuas de corte e colheres de pau) sob a alegação de que seriam mais propensos à proliferação de diferentes tipos de bactérias. Essas bactérias se acumulariam nas ranhuras da madeira no momento do corte mesmo após a lavagem da tábua e, na hora do novo uso, poderiam infectar outros alimentos.
Uma pesquisa publicada no British Journal of Food, em 2007, comparou o desempenho de três tipos de tábuas de corte (duas de madeira e uma de plástico) em se tratando de resistência a micro-organismos. Em geral, as tábuas de madeira tiveram o mesmo resultado da de plástico.
Microbiologistas recomendam a tábua de vidro lisa, pois ela não cria fissuras. Algumas pessoas não gostam porque elas estragam o fio/corte da faca, mas este é só um mero detalhe comparado a sua saúde e de sua família.

Como higienizar as garrafinhas tipo SQUEZZE de água

O principal problema, e também a mais prejudicial á saúde, que acontece com as garrafinhas quando não são bem limpas, é a criação de limo, que são aquelas manchas escuras que aparecem na garrafa. Essa sujeira é extremamente contaminante e pode causar a transmissão de doenças como hepatite A, salmonela, gripe e bactérias como E. coli, estafilococos e estreptococos.

Com relação às garrafinhas do tipo SQUEEZE: 
• Não aproveite água de um dia para o outro; 
• Lave, diariamente, com água, escova ou esponja e detergente neutro; 
• Enxágue com água corrente até retirar todos os resíduos; 
• Sempre que possível, deixe de molho em solução clorada; 
• Deixe secar ao ar, de preferência. Se necessário, utilize um pano limpo ou papel descartável; 
• Mantenha a garrafa e os seus bicos cobertos. Guarde emborcados em local limpo e protegido.

Como preparar a solução clorada? 
Uma colher de sopa de água sanitária (com 2% de cloro) para um litro de água limpa ou 100 ml água sanitária (com 2% de cloro) para 10 litros de água limpa. 
Lembretes: 
• Deixe de molho por 2 minutos para desinfecção com a solução clorada; 
• Após o uso de panos de cozinha, lavá-los e fervê-los. 
Usar sempre panos secos e limpos, trocando-os quando necessário.

Um dos maiores problemas do aleitamento artificial é a falta de higiene na manipulação dos utensílios


Quando você pensa em bebês qual objeto vem à mente? 

Talvez um dos primeiros que você vá se lembrar é a mamadeira, pois é exatamente ela que deve ser evitada durante os primeiros meses do bebê, principalmente enquanto ele estiver sendo amamentado pela mãe. 
O uso da mamadeira pode prejudicar a amamentação e fazer com que a criança rejeite o peito. O principal problema está na diferença da maneira de sugá-la em comparação com o peito da mãe. A mamadeira exige menor esforço por parte da criança, que acaba, muitas vezes preferindo-a. Vale lembrar que até os seis meses de idade, o bebê deve ser alimentado exclusivamente com leite materno.

Porém, há circunstâncias em que a mãe realmente não pode amamentar em decorrência de doenças ou medicamentos que contra-indiquem a amamentação. Nesses casos, com acompanhamento pediátrico, o aleitamento artificial deve ser introduzido. Daí a mamadeira é a solução, mas com algumas precauções. 
Veja medidas de higienização da mamadeira e qual tipo de bico mais apropriado:

Sociedade Brasileira de Pediatria, Anvisa 


sábado, 26 de outubro de 2013

Geladeira saudável

Aprenda a usar e a fazer a higienização correta deste eletrodoméstico. Só assim você conserva a qualidade dos alimentos e afasta os riscos de uma intoxicação alimentar.

CARNES E PEIXES 

Devem ser congelados, caso não sejam usados imediatamente. Agora, quando for prepará-los, devem ser descongelados dentro da geladeira (tire as embalagens do congelador e coloque-as na parte de baixo), nunca em temperatura ambiente, em cima da pia, por exemplo. Infelizmente, a salmonela (bactéria principal causadora de intoxicação alimentar) resiste ao congelamento e, no descongelamento fora da geladeira, ela pode encontrar o ambiente ideal para começar a deteriorar o produto.


OVOS 

Limpe-os só com pano úmido ou papel toalha. Lavá-los deixa a casca mais porosa e suscetível à entrada de microrganismos. Guarde-os com a ponta para baixo, pois o lado maior é mais poroso e quebradiço. Se guardálos na porta da geladeira, evite abri-la e fechá-la com freqüência, para manter a temperatura constante.


ORDEM DE IMPORTÂNCIA 

Como o ar frio vem de cima para baixo, então, os alimentos mais perecíveis (prontos para o consumo) devem ficar bem pertinho do congelador. Nas prateleiras intermediárias, coloque os produtos que estão semiprontos e na parte debaixo os alimentos crus, como as verduras e as frutas. Também não coloque toalhinhas de plástico nas prateleiras e nem excesso de produtos para não afetar a qualidade da refrigeração.


ALIMENTOS NO PLÁSTICO 

Antes de guardar o alimento, lave o plástico com água e detergente. Depois, dê mais um banho no plástico com água quente, para eliminar os microrganismos e conservar a comida por mais tempo.


EMBALAGENS EM GERAL 

A lata de cerveja ou refrigerante deve ser limpa com água e detergente, antes de entrar na geladeira. Regra que serve para as embalagens de leite, tanto o longa vida (caixinha) quanto os vendidos em saquinhos. Este é um cuidado que deve ser levado a sério, inclusive, com as latas que não precisam de refrigeração, como leite condensado, massa de tomate, maionese, creme de leite. De acordo com o especialista Wilton Lustri, "é preciso ficar atento à validade do produto e saber que depois de aberto essa validade vai depender do seu estado de conservação. Por isso, quando for guardar sobras, passe o alimento para um recipiente plástico bem limpo e fechado".


A LIMPEZA DA GELADEIRA 

Ela deve ser feita uma vez por mês, de preferência quando a geladeira não estiver muito cheia. Os alimentos devem ser retirados e colocados em uma caixa de isopor e a limpeza deve ser rápida. Não use detergentes ou água sanitária, pois o cheiro pode passar aos alimentos. O ideal é usar bicarbonato de sódio dissolvido em água morna, que limpa e ajuda a eliminar o mau cheiro. ATENÇÃO: Produtos abrasivos e esponjas de aço arranham as paredes e facilitam o alojamento de fungos ou bactérias nas fissuras.



FRUTAS E VERDURAS 

Para guardá-las logo que chegar da feira ou do supermercado, lave bem cada alimento em água corrente. Depois, seque-o com um pano limpo ou toalhas de papel. As verduras devem ser secas e embaladas em sacos plásticos vedados, até a hora do consumo. Mas antes de consumi-las, coloque-as de molho na solução caseira - um litro de água para uma colher de sopa de vinagre. Deixe-as aí por uns 10 minutos.



Como saber o prazo de validade dos alimentos

Os testes são feitos em condições controladas de temperatura e umidade. Quando são analisados alimentos que duram mais, o ambiente é alterado para que as mudanças aconteçam mais rápido. O processo é chamado de avaliação de estabilidade acelerada.
As amostras são checadas em intervalos regulares para detectar alterações microbiológicas, de cor ou de textura. Pelo menos três embalagens são abertas por vez para o caso de defeitos de fabricação. Depois, o material é descartado e as amostras restantes continuam no ambiente até completar os testes.
Os testes microbiológicos são os maiores determinantes da vida do produto. Mesmo se o produto continuar com aspecto idêntico ao original, o número de micro-organismos é o que o torna impróprio para o consumo. Os limites para cada classe de alimentos obedecem aos padrões microbiológicos estabelecidos pela ANVISA.

Qual é a diferença entre comer um alimento um dia antes e um dia depois do prazo de validade?
Provavelmente nenhuma. Existe uma margem de tolerância em cada prazo de validade para evitar possíveis erros. Se a data de vencimento de um produto é um ano após a fabricação, pode ser que ele só estrague um ou dois meses depois do que o rótulo diz. Mas essa margem varia de fabricante para fabricante, então o recomendável é não consumir nada que já esteja vencido.

Algum alimento pode estragar antes do prazo de validade?
Qualquer um, dependendo das condições de armazenamento. Normalmente, é feito um estudo para determinar esse prazo. Se as condições a que se submete o alimento forem muito diferentes das usadas para fazer os testes, pode ser que ele estrague antes do previsto. Alguns fatores que contribuem para isto são exposição à luz e altas temperaturas.

Por que água mineral tem prazo de validade? Água estraga?
Existe um ditado que diz: “água parada é água estragada”. Se você pegar água da torneira, deixar em um recipiente de um dia para o outro e depois fizer uma análise microbiológica, ela vai estar cheia de micro-organismos. Por mais que a embalagem de plástico seja estéril, contém oxigênio e água. Isso já é o suficiente para a reprodução de seres vivos.
Fonte:Adaptado Guia do Curioso