Three Cute Cherries

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Pesquisa do Consumo de Chocolate no Brasil - Fevereiro 2014



A Mintel encomendou uma pesquisa para este relatório a fim de avaliar o consumo e atitudes em relação ao chocolate. A pesquisa foi realizada pela Ipsos Observer Brasil com 1500 consumidores com idade acima de 16 anos, em outubro de 2013. Detalhes dos perfis demográficos encontram-se no apêndice. 
A penetração de chocolates no Brasil é alta, com consumo total de 87%, o que mostra a relativa maturidade do mercado. Quase metade (44%) dos adultos consomem chocolate ao leite, o tipo mais popular, pelo menos uma vez por semana, enquanto que um em cada quatro comem este mesmo tipo de chocolate pelo menos três vezes por semana, índices que indicam um hábito de consumo bastante arraigado.
O chocolate ao leite é o tipo preferido, como é o caso em muitos outros mercados internacionais. O chocolate branco ocupa a segunda posição em termos de popularidade, consumido por dois terços dos adultos, enquanto que o chocolate amargo, que contém mais de 50% de cacau, atrai apenas uma minoria da população (36%).
Apenas 17% dos consumidores de chocolate concordam que o chocolate amargo traz benefícios à saúde. No entanto, é provável que o interesse pelo chocolate amargo cresça, com reportagens na mídia destacando as propriedades benéficas à saúde dos antioxidantes, presentes no chocolate amargo.
Entretanto, o gosto amargo representa um obstáculo para a categoria, especialmente considerando-se o fato de que muitos brasileiros preferem sabores doces, o que é refletido nos alto índices de preferência pelo chocolate branco. 
Chocolates com menos açúcar e gordura, destinados aos consumidores preocupados com a saúde, ainda representam uma fatia pequena do mercado. Apenas um quinto dos consumidores já provaram tais opções. O crescimento tem sido limitado; por exemplo, apenas 4% dos consumidores dizem estar comendo mais chocolates light/diet do que um ano atrás (ver O Consumidor – Atitudes em Relação ao Chocolate).
Isso pode ser, em parte, causado pela disponibilidade limitada de tais produtos, o que por sua vez pode ser um reflexo da opinião de que doces ocasionais não são considerados prejudiciais à saúde e fazem parte de uma dieta balanceada: 76% dos consumidores de chocolate concordam que comer chocolate em moderação não é prejudicial à saúde, de acordo com a pesquisa feita para o relatório Chocolate – Brasil, abril de 2012). 
No entanto, com o crescente problema da obesidade no Brasil, é provável que o interesse por opções mais saudáveis cresça, gerando oportunidade para o lançamento de novos produtos. Em 2013 houve um aumento nos lançamentos de produtos com posicionamento “açúcar (baixo teor/sem/reduzido), presente em 6,5% de novos produtos, em comparação a menos de 4% entre 2010 e 2012 (ver Quem está Inovando?).
Jovens adultos são os principais consumidores de chocolate
Há um alto consumo de chocolate pela geração mais jovem, entre 16 e 24 anos, especialmente do sexo feminino (98% das mulheres em comparação a 93% dos homens nesta faixa etária).
Os menores de 25 anos também mostram uma frequência de consumo elevada: 61% consomem chocolate ao leite toda a semana e 18% todos os dias, índices que reforçam a importância desta faixa etária para a categoria.
Tanto a penetração do chocolate quanto a frequência de consumo cai com o aumento da idade (um em cada quatro adultos com mais de 55 anos não comem chocolate). Isto mostra que a geração mais madura é a que mais se preocupa com a saúde, priorizando alimentos com baixo teor de gordura, em comparação aos mais jovens (como foi discutido na seção Fatores que Irão Influenciar o Mercado).
Consumo de chocolate é maior em classes mais altas...
Fatores socioeconômicos também influenciam o consumo de chocolate. O grupo socioeconômico ABC1, com seu maior poder de compra, consome mais chocolate ao leite semanalmente do que o grupo C2DE (47% contra 39%). É provável que o aumento da renda dos consumidores do grupo C2DE, aumentará o consumo de produtos como chocolate.
Em mercados mais maduros, como o do Reino Unido, os maiores consumidores são os de baixa renda, pois preço não é um fator importante na hora da compra, enquanto que os consumidores de maior renda tendem a se preocupar mais com a saúde e controlar o que comem. Esta é uma tendência que deverá ser repetida em países de economia emergente.
… e nas regiões sul e sudeste
Os principais consumidores de chocolate vivem nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, onde há um maior número de consumidores do grupo ABC1. Devido à relação entre a renda disponível e o consumo de chocolate, é natural que os principais consumidores estejam localizados na cidade de São Paulo.
A indústria de alimentos tem se esforçado em aproveitar o potencial das classes emergentes, especialmente no norte e nordeste do Brasil. O Nordeste, em especial, tem atraído grande interesse e investimento, já que a previsão é de que a economia se torne mais forte na região, juntamente com um crescimento populacional. Como tal, a indústria do chocolate tem procurado expandir a produção local para atender esta crescente demanda.
No entanto, não é apenas o crescimento econômico de diferentes regiões que influencia o consumo de chocolate, mas as condições climáticas também desempenham um papel importante. O clima mais quente do país, na região norte, apresenta-se como um desafio à categoria, já que o chocolate tende a derreter em temperaturas altas durante o dia, voltando à endurecer durante à noite, com temperaturas mais amenas. Isto faz com que a manteiga de cacau vá para a superfície do chocolate, dando-lhe uma aparência branca, afetando também a forma do chocolate.
No entanto, com a melhoria das cadeias de fornecimento e distribuição, e com empresas desenvolvendo produtos destinados aos varejistas menores e regiões de clima quente, a tendência é que este problema diminua nestas áreas.
Fonte: Ministério da Agricultura

Nenhum comentário:

Postar um comentário