Após desarticular o esquema de adulteração do leite com água, ureia e formol no Rio Grande do Sul, o Ministério Público Estadual (MPE) deflagrou nesta quinta-feira operação contra uma nova fraude: adição de água oxigenada no produto. A terceira fase da Operação Leite Compen$ado resulta no cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão em Três de Maio e Nova Candelária, no Noroeste gaúcho.
A adição da substância disfarça as más condições sanitárias de conversação e transporte, além de aumentar o volume – já que o peróxido de hidrogênio (popularmente conhecido como água oxigenada) se transforma em água quando adicionado ao leite.
– A água oxigenada é bactericida, por isso estabiliza o leite quando ele está envelhecendo, não deixando azedar – explica o promotor de Justiça Mauro Rockenbach, responsável pela investigação.
O peróxido de hidrogênio causa a redução do valor nutricional do leite. Quem o ingere pode ter dores de estômago e até morrer, dependendo da concentração da substância. Fraude semelhante foi descoberta em Minas Gerais ainda em 2007, na Operação Ouro Branco.
Fonte: ZH
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